O Projeto Piloto aqui apresentado objetiva despertar nos pais o interesse na criação de Associações, em seus Condomínios, que incentivem a solidariedade, o afeto e a valorização das crianças e adolescentes para mantê-los longe das drogas, da violência e de outras ameaças à sua integridade. Cuidar de nossas crianças e adolescentes significa abrir espaços de ação criativa e transformadora da realidade social, pois eles são o futuro do Brasil, do Mundo! Cuidar de nossos idosos é cuidar de uma parte de nós mesmos.
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15/03/2011

Quando começa a vida?

“(...) para Aristóteles, como já se fez menção, a vida tinha início em momentos diferentes, dependendo de a criança ser menino ou menina, já que aqueles recebiam o "espírito" em seus corpos mais cedo.
Há que se defender, contudo, que a vida começa na concepção, já que, quando da fecundação, um novo ser humano é formado, com características genéticas ímpares (que determinam, por exemplo, o sexo, a cor dos olhos e dos cabelos, e o tom de pele), o que nos impede de considerá-lo mero prolongamento do corpo materno. Ademais, só o óvulo humano fecundado pode desenvolver um ser humano adulto, o que ocorrerá, com o passar do tempo, através da nutrição.”

Aborto: causas, consequências e alternativas


Elaborado em 02/2011,  por Antonio Carlos da Rosa Silva Junior
Esse breve artigo, que trata de um tema tão intrigante e desafiador, é resultado de alguns meses de pesquisa e um resumo do contido numa série de slides apresentados nas palestras ministradas pelo Projeto Desperta, desenvolvido na cidade de Juiz de Fora / MG.
1 Parte da história da vida
A vida humana já foi tratada de muitas formas ao longo da história: ora valorizada, ora aviltada. A fim de que tenhamos uma idéia, Platão defendia a interrupção da gestação de mulheres que engravidassem após os 40 anos, e, em Roma, a prática do aborto tinha por objetivo preservar a beleza do corpo. Aristóteles, por sua vez, defendia o aborto até o 40º (para meninos) ou 90º (para meninas) dia de gestação, por conta do primeiro movimento no útero materno, dando-nos a dimensão de que os homens seriam superiores às mulheres.
Antes do cristianismo protestar o assassinato de crianças não desejadas no velho Império Romano, elas foram abandonadas, expostas ao frio e fome, até a morte aliviar seu sofrimento. Na Idade Média crianças excepcionais e mentalmente retardadas foram afogadas. O pretexto que acalmava as consciências dos assassinos foi a suposta ausência de almas nessas crianças. Os nazistas mataram judeus e pessoas com problemas mentais, achando válido o argumento que assim a raça ariana ficaria mais pura.
Nos dias atuais, o aborto também é usado, grotescamente, para a seleção de sexo:
O aborto tornou-se o principal meio de eliminar fêmeas indesejadas em todo o globo. O estudo de alguns vilarejos na Índia revelou uma estatística assustadora: de uma população total de dez mil, apenas cinquenta eram meninas. As outras meninas, milhares delas, foram mortas por aborto. Em Bombai, de oito mil amniocenteses que indicavam que os bebês eram meninas, todas, exceto uma das meninas, foram mortas por aborto.
Por causa dos abortos por seleção de sexo, dois terços das crianças nascidas na China atualmente são do sexo masculino. No interior, a proporção de meninos para meninas é quatro para um. 
(...)
3. Quando começa a vida?
Algumas teorias, inclusive de cunho filosófico, indicam vários momentos em que, defendem, a vida tem início. Como mais relevantes, destacam-se as que propõe que a vida inicia na concepção ou no nascimento. Vale destacar, outrossim, que, para Aristóteles, como já se fez menção, a vida tinha início em momentos diferentes, dependendo de a criança ser menino ou menina, já que aqueles recebiam o "espírito" em seus corpos mais cedo.
Há que se defender, contudo, que a vida começa na concepção, já que, quando da fecundação, um novo ser humano é formado, com características genéticas ímpares (que determinam, por exemplo, o sexo, a cor dos olhos e dos cabelos, e o tom de pele), o que nos impede de considerá-lo mero prolongamento do corpo materno. Ademais, só o óvulo humano fecundado pode desenvolver um ser humano adulto, o que ocorrerá, com o passar do tempo, através da nutrição.
Entre cinco e nove dias após a concepção, o novo indivíduo se encrava na parede do útero em busca de segurança e alimentação. Seu sexo já pode ser determinado por meios científicos. Por volta de quatorze dias, a criança produz um hormônio que suprime o período menstrual da mãe. Serão mais duas semanas até que características claramente humanas sejam discerníveis e mais três até que se tornem óbvias. Contudo, a criança é um membro completo da raça humana.
Na concepção, o bebê não-nascido não parece humano para nós que estamos acostumados a julgar a humanidade pela aparência. No entanto, na lógica objetiva científica, ele é tão humano, em cada pedacinho, quanto qualquer criança mais velha ou um adulto. Ele tem a aparência que um ser humano deve ter neste estágio de desenvolvimento.
No 18º dia da concepção, o coração está se formando e os olhos começam a se desenvolver. Por volta do 21º dia, o coração está bombeando sangue por todo o corpo. Por volta do 28º dia, o bebê não-nascido possui braços e pernas em desenvolvimento. Por volta do 30º dia, ele tem cérebro e multiplicou dez mil vezes de tamanho.
Por volta do 35º dia, a boca, orelhas e nariz estão tomando forma. No 40º dia, as ondas cerebrais do bebê não-nascido podem ser gravadas e sua batida cardíaca que começou três semanas atrás já pode ser detectada por um estetoscópio ultrassônico. Por volta do 42º dia, o esqueleto está formado e o cérebro está controlando o movimento dos músculos e órgãos. 
A mãe de Samuel Alexander estava grávida de apenas cinco meses quando ele teve de ser operado para corrigir um problema de espinha bífida – malformação congênita provocada por um fechamento incompleto do tudo neural embrionário. Quando o médico estava fazendo a devida suturação, Samuel estendeu seu braço para fora do útero e agarrou, com sua pequenina mão, o dedo do médico que o operava. Esse momento foi registrado por fotografia [04], uma das provas mais eloquentes da vida intra-uterina até então, já que Samuel nasceu em 28/12/1999.
Por tudo, é imperioso considerar que a vida começa na concepção.
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