O Projeto Piloto aqui apresentado objetiva despertar nos pais o interesse na criação de Associações, em seus Condomínios, que incentivem a solidariedade, o afeto e a valorização das crianças e adolescentes para mantê-los longe das drogas, da violência e de outras ameaças à sua integridade. Cuidar de nossas crianças e adolescentes significa abrir espaços de ação criativa e transformadora da realidade social, pois eles são o futuro do Brasil, do Mundo! Cuidar de nossos idosos é cuidar de uma parte de nós mesmos.
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26/07/2015

O cérebro declina muito mais rápido do que você imagina

Aos 27 anos você começa a envelhecer.


"De acordo com cientistas, a velhice começa aos 27 anos, quando nossas capacidades mentais começam a definhar. O ponto mais alto de nossa habilidade mental é aos 22 anos. Então ela se mantém estável por cinco anos até começar a decair.
Para o professor condutor da pesquisa, Timothy Salthouse, os resultados indicam que os tratamentos desenvolvidos para controlar o envelhecimento mental devem ser iniciados muito antes, enquanto os sinais de esgotamento cognitivo ainda não estão tão visíveis."  Fonte:  http://hypescience.com/velhice-comeca-aos-27-anos-de-idade/

A História da Velhice
por:  Daniela de Lemos, Fernanda Palhares, João Paulo Pinheiro e Thaís Landenberger

            A velhice sempre tem acompanhado a humanidade como uma etapa inevitável de decadência, declinação e antecessora da morte. A palavra velhice é carregada de significados como inquietude, fragilidade, angústia. O envelhecimento é um processo que está rodeado de muitas concepções  falsas, temores, crenças e mitos. A imagem que se tem da velhice mediante diversas fontes históricas, varia de cultura em cultura, de tempo em tempo e de lugar em lugar. Esta imagem reafirma que não existe uma concepção única ou definitiva da velhice mas sim concepções incertas, opostas e variadas através da história.
            O estudo da visão que a sociedade tem das pessoas velhas remonta aos tempos dos Babilônios, Hebreus e da Grécia Antiga. Ao longo da história há grande importância dada para problemas básicos inerentes à velhice, vantagens e inconvenientes inerentes a mesma e como fazer para impedir o processo de envelhecimento.  Para os Babilônios a imortalidade e formas de como conservar a juventude estiveram muito  presentes. A Grécia Clássica relegava os velhos a um lugar subalterno e a beleza, a força e a juventude eram enaltecidas como se evidenciava para alguns filósofos gregos. Porém, Platão trouxe uma nova visão onde a velhice conduziria a uma melhor harmonia, prudência, sensatez, astúcia e juízo.
            Na sociedade romana os anciões tinham uma posição privilegiada. O direito romano concedia a autoridade de pater familiasaos anciões. Quanto mais poderes lhes eram concedidos, mais a ira de novas gerações se voltava contra os velhos. A República Romana também conferia cargos importantes no senado aos anciões como “patrícios”. A imagem negativa da velhice foi combatida por Sêneca mas foi em Cícero,  com sua obra "A Senectude" que a velhice encontrou seu maior defensor.
            Em sociedades antigas o ancião era visto com uma aura de privilégio sobrenatural que lhe concedia uma vida longeva e como resultado, este ocupava um lugar primordial, onde a longevidade se associava com a sabedoria e a experiência. Assim era nas sociedades orientais, principalmente na China e Japão.
            Nas culturas Incas e Aztecas, a população anciã era tratada com muita consideração. A atenção a esta população era vista como responsabilidade pública.
            Os antigos Hebreus também se destacavam pela importância que davam a seus anciões, que, em épocas de nomadismo eram considerados os chefes naturais dos povos que eram consultados quando necessário. Na cultura hebraica encontramos Matusalém que era considerado como se tivesse vivido 969 anos.
            Uma vida longa era vista mais como uma benção do que como uma carga, e esta benção é vista nos patriarcas bíblicos.
            Com a queda do Império Romano os anciões também foram perdendo seu lugar de destaque na sociedade, mais uma vez se tornaram vítimas da superioridade juvenil. No sistema de estratificação por idade de cada sociedade estava implícito o fato de que a idade era um determinante básico do que os indivíduos podiam e deviam fazer.
            Em termos gerais, a etapa do Cristianismo expôs uma visão negativa da velhice. Este tema deixou de interessar aos escritores cristãos que mencionavam a velhice com relação a moral e a associavam com decrepitude, feiúra e pecado. (ver Santo Agostinho).
            O século VI identificou a velhice com a cessação da atividade, iniciando ali a concepção moderna de isolamento dos velhos em retiros. Por outro lado, o homem medieval temia e buscava os meios de escapar da velhice, seja por meio da fantasia, seja por meio da ciência. Nos períodos do Renascimento e do Barroco persistiu a idéia da inevitável decrepitude e do caráter melancólico da velhice. A crença de que o diabo movia a fantasia por humores  justificou a perseguição e execução de milhares de mulheres anciãs, conhecida como a caça às bruxas. A Idade Média se caracterizou também pela época dos mais fortes e dos poderios militares, o que colocava os anciões como submetidos aos mais fortes e formavam parte da população escrava e servil.
            Durante os séculos XIV e XV, a peste e a cólera foram seletivas deixando um saldo de milhares de mortos e uma grande população velha que havia sobrevivido às pestes. Este fato trouxe como conseqüência o fortalecimento do poder das pessoas de mais idade e um aumento do conflito entre as gerações que havia diminuído ao final do Império Romano. As pessoas velhas começaram a ser ridicularizadas em ambientes públicos. A literatura e a arte se uniram para ridicularizar os anciões a despeito de grandes expoentes de idade avançada que realizaram suas obras neste período como Leonardo Da Vinci e Michelângelo. Apesar da presença artística o velho continuava tendo pouca importância social e se encontrava em uma situação precária e ambígua.
            O século XVI se caracterizou por uma violência e um ataque contra a velhice, como conseqüência da adoração e culto da beleza e juventude. Willian Shakespeare personificou vários aspectos da velhice, como em “Rei Lear”. Erasmo de Roterdâ, em sua obra “Elogio da Loucura” concebia  a velhice como uma carga e a morte como necessária. Ele considerava que a loucura era o único remédio contra a velhice.
            O pensamento científico que caracterizou os séculos XVI e XVII introduziu novas formas de pensar que enfatizavam a observação, experimentação e verificação, podendo-se então, descobrir as causas da velhice mediante um estudo sintomático. Ainda assim prevalecia a ambivalência em relação à velhice.
            Durante os séculos XVII e XVIII foram feitos muitos avanços no campo da fisiologia, anatomia, patologia. As transformações que ocorreram na Europa nos séculos XVIII e XIX refletiram em uma mudança na população anciã. O número de pessoas em idade avançada aumentou e os avanços da ciência permitiram descartar vários mitos acerca da velhice. Contudo, a situação dos velhos não melhorou. O surgimento da Revolução Industrial e do urbanismo foram derradeiros para os anciões que, sem poder trabalhar, foram reduzidos à miséria.
            No final do século XIX os avanços da medicina propiciaram a divisão de velhice e enfermidade e no século XX surgem agerontologia e a geriatria como disciplinas formais.
Os mitos que permanecem a respeito da velhice, prejudicam o bom envelhecimento e dificultam uma inserção dos velhos na sociedade.
            O que se percebe são ciclos que ocorrem ao longo da história. Períodos em que os  idosos são valorizados são seguidos por crises entre jovens e velhos e posterior desvalorização do ancião. Hoje, para uma parcela economicamente ativa da população idosa, existe um movimento de valorização, pois esta população está impulsionando mercados como o de turismo e serviços para a terceira idade.
            Os meios de comunicação, da forma como estão hoje inseridos em nossa vida, também têm um papel importante na construção desta terceira idade. A televisão e o cinema, particularmente, possuem um grande potencial para influenciar nos conceitos acerca da velhice. As parcelas da população mais influenciáveis são as crianças e jovens. Estes meios funcionam como um espelho da sociedade e contribuem para estabelecer ou validar modelos de comportamento. Porém o número de pessoas idosas que aparecem nos programas ou filmes não corresponde a realidade encontrada na sociedade. Neste caso a mensagem que pode estar sendo passada é de que o velho não é importante. Os estereótipos negativos também são muito explorados.
            No início da década de 90 ocorreu uma leve mudança na visão negativa da velhice em programas e filmes como “Assassinato por escrito”, “Cocoon” e “Conduzindo miss Daisy” e o surgimento de idosos como mercado consumidor pode ainda alterar mais este quadro.
            A imagem passada pelos meios de comunicação afeta também a auto-estima dos idosos. A validação social é crucial para o desenvolvimento de todas as pessoas e os anciões não são diferentes. Faz-se necessário uma conscientização da importância desses meios na constituição da velhice. Assim podemos começar a mudar a visão que nossa sociedade possui do que é ser velho hoje em dia.
Os Mitos Sobre a Velhice
            Vários mitos até hoje cercam a condição da velhice. Dentre eles:
          O Mito da Senilidade"
          O Mito do Isolamento Social,
          O Mito da Inutilidade
          O Mito da Assexualidade

Fonte:  http://www.ufrgs.br/e-psico/subjetivacao/tempo/velhice-texto.html

A velha rabugenta  

 

20/04/2015

Faça um pão gostoso, sovando e sovando!



Saiba como sovar massas

 O ato de sovar a massa é essencial, pois sem ele o glúten não consegue se desenvolver e os gases liberados ...



leia em:  Cheiros do campo nas receitas da vovó: Faça um pão gostoso, sovando e sovando!:

23/02/2015

Flores lindas e venenosas

As flores são belas e românticas. São usadas desde sempre para demonstrações de amor e carinho... isso você já sabia, claro!
Mas, como sempre acontece com tudo na vida, existe um outro lado: as flores podem ser venenosas, toxicas a ponto de matar! Inclusive, uma dessas "plantinhas" conseguiria até matar sua vizinhança inteira!Acredite, não é exagero. 
Veja nossa lista com o ranking das 5 flores mais perigosasque você com certeza já teve, ou ainda tem em sua casa.

5° lugar - ANTÚRIO

O antúrio é muito tradicional no paisagismo. Quem nunca viu uma dessas na casa da avó? Exótica, tropical... e altamente tóxica! Se ingerida por humanos, pode causar vômitos, dificuldade de engolir, lesões na boca, na faringe e na laringe e asfixia. São muito perigosas principalmente para crianças e animais domésticos.

4º lugar - HORTÊNSIAS

Podemos encontra-las facilmente por aí! O que a maioria não desconfiava é que esta flor é sim venenosa e pode causar dores de barriga, vômitos e em casos mais graves convulsões e até coma (!). Mantenha crianças e animais longe dela.

 3° lugar - Azaleias
Passamos ao lado delas todos os dias. Elas estão em quase todos os jardins e praças pela cidade. E também estão na lista das flores assassinas! Se ingeridas podem causarproblemas digestivos, hipertensão ou hipotensão cardíaca, resultando em diminuição da frequência cardíaca e arritmias.


2° lugar - OLEANDRO
Linda e perigosíssima. Pode destruir (literalmente) seu coração se ingerida. E não estamos falando de efeitos menores, em crianças ou animais pequenos... Os estudos de toxicidade foram feitos baseando-se em uma pessoa adulta de 80 Kg! Os efeitos principais são: sonolência, fortes dores abdominais, pulsação acelerada, diarreia, vertigem, falta de ar, irritação da boca, náusea, vômitos, e não para por aí... pode deixar uma pessoa adulta em coma e até matar, isso com uma única folha!!

Você deve agora estar se perguntando o quê pode ser mais mortífero do que o nosso 2° lugar, não é mesmo? O nosso 1° lugar é praticamente uma arma de destruição em massa! Sim, ela não mata uma única pessoa, ela consegue matar um grupo inteiro em um ataque coordenado que funciona quase como um exército!!!! Veja a terrível "bomba atômica" das flores:

1° lugar - ACÁCIA 
Uma assassina em massa super especializada. A acácia desenvolveu uma estratégia para matar não só um, mas um grupo inteiro! Caso seja ameaçada, por um grupo de antílopes por exemplo, suas folhas liberam gás etileno que servem de alarme para que outras acácias nos arredores percebam que existe ameaça. Assim, todas se juntam em um contra ataque devastador e começam a produzir tanino em quantidade suficiente para matar todo o grupo!
Essa planta segue à risca o velho ditado: "A união faz a força".
(recebi por e-mail, texto e fotos) 

13/11/2014

A educação e as drogas

”Enquanto os traficantes (incluindo-se agora os virtuais) vendem drogas, para combatê-los o legislador brasileiro, aproveitando-se da emotividade popular, vende o entorpecente das leis penais novas mais duras ("leis duríssimas", dizem). Delírio puro!

“Os jovens dos países mais civilizados, com economia distributiva (Escandinávia, Canadá, Coreia do Sul etc.), são os mais bem informados e, consequentemente, os que menos usam drogas no planeta. Não existe nenhuma lei impeditiva de serem colocados amanhã mesmo todos os jovens (crianças e adolescentes, todos) em escolas de qualidade, em período integral. Essa é a primeira grande revolução que a parceria público/privada deveria promover no nosso país. Tudo o mais não passa de reformas ou, quando muito, de uma demão de tinta nas paredes gastas do enigmático humano (que resiste enxergar o óbvio ululante).
Promotor compra drogas e pede para entregar no fórum
Flávia Mestriner Botelho
Luiz Flávio Gomes

Para investigar o tráfico pela internet, um promotor de justiça comprou maconha e recebeu a "mercadoria" encomendada no fórum criminal em São Paulo. A droga foi comprada por meio de um site localizado nos EUA, postada em Fortaleza (CE) e entregue no "domicílio" indicado.

Cena 1: Numa espécie de recordação da primeira transação eletrônica da história (feita no começo dos anos 70, por estudantes de Stanford e do MIT-EUA, envolvendo maconha), o promotor de justiça Cássio Conserino, responsável pela investigação do tráfico de drogas pela internet, também comprou e recebeu a "mercadoria" encomendada (maconha sintética e pentedrona) no fórum criminal da Barra Funda, em São Paulo (Folha 26/10/14). A droga foi comprada por meio de um site localizado nos EUA, postada em Fortaleza (CE) e entregue no "domicílio" indicado.
Cena 2: A revolução tecnológica + os avanços químicos + a globalização estão tornando quase impossível o controle da oferta e do consumo de drogas. Na era prosaica da produção, as drogas saíam exclusivamente das terras terceiro-mundistas, eram processadas de forma caseira e transportadas atabalhoadamente para o destino final. Hoje, com os avanços químicos e a revolução tecnológica (3ª revolução da história), tudo é processado em laboratórios sofisticados, inclusive nos primeiros mundos, e entregue a domicílio (com total discrição). Delivery e anonimato garantidos! Nos escombros da internet (como comprovou o promotor) há um mundo onde o império da lei é muito problemático (apesar dos esforços das autoridades).


De 3 a 5% da população de todo planeta sempre consumiram drogas, em todos os momentos da História (conforme a ONU). A procura por drogas sempre existiu (e, provavelmente, sempre existirá). Erradicar o consumo das drogas é uma vertigem (um delírio). O que está mudando radicalmente (com a revolução tecnológica e o avanço da ciência química) é o lado da oferta. Incontáveis sites convencionais (visíveis) oferecem todos os tipos de droga imagináveis. Para cada site fechado pela polícia ou Justiça (como o Utopia, na Holanda, em 2/14), brotam outros 10. Os usuários mais precavidos, no entanto, para reduzir os riscos, compram a droga no mundo invisível da "deep web" (que é centenas de vezes maior que a internet ostensiva que conhecemos). A web é como um iceberg: a parte que desponta para além da superfície, visível, não é nem 10% da extensão total do conteúdo existente na rede. Essa camada mais profunda e obscura ("rede das sombras") é conhecida como "deep web". Todo seu conteúdo, normalmente, fica fora do alcance de qualquer mecanismo de pesquisa, como o Google. Só pode ser alcançado por softwares sofisticadíssimos. Nela há de tudo, principalmente tudo que é proibido. Fecha-se um site (como o Silk Road foi fechado em 2013, pelo FBI), abrem-se outros 10 para preencher o vazio (Agora, Evolution etc.). O número de artigos à venda somente nos 18 criptomercados acompanhados pela DCA (Digital Citizens Alliance) passou de 41 mil para 66 mil entre janeiro e agosto de 2014 (Carta Capital).
No site Evolution as ofertas cresceram 20%, para 36 mil produtos, somente nos dois últimos meses - julho e agosto/14 (Carta Capital). São faturados milhões de dólares por ano nesse mercado. Os compradores, do mundo inteiro, usam pseudônimos para não serem identificados. Tudo é enviado pelo correio (com alta taxa de satisfação dos clientes). Garante-se o anonimato. A compra de drogas no criptomercado (cocaína, heroína, maconha etc.), apesar dos problemas, é muito mais segura que nas ruas. O Silk Road 2.0 (que foi reaberto depois de fechado pelo FBI, repita-se) movimentou US$ 1,2 bilhão entre 2011 e 2013, com a comercialização de drogas como haxixe do Marrocos, cogumelos dos Estados Unidos e cocaína da Holanda, e de remédios controlados, aparelhos para espionagem, joias falsas e pornografia.
O anonimato referido fica mais blindado ainda se o comprador usa a moeda virtual chamada "bitcoin", que possibilita a realização de transações cifradas. De acordo com o site Tech Tudo, a Bitcoin é uma unidade monetária online, criada em 2009, e que permite a transferência anônima de valores. É uma moeda descentralizada, ou seja, não conta com nenhum órgão responsável pelo seu gerenciamento. Está fora, até agora, do controle eficaz dos governos e dos fiscos. As transações de Bitcoins são feitas a partir da rede de compartilhamentos P2P (pontoaponto). Elas são geradas por seus próprios usuários, por meio do processamento dos computadores, bastando o usuário instalar o programa necessário para participar da rede de moedas no seu PC (o programa funciona em todos os sistemas operacionais). A medida é uma forma de prevenção contra uma possível crise financeira no sistema de Bitcoin. A moeda é variável e segue as leis de mercado (quanto maior a procura, maior sua cotação). Em 2012, seu valor era de cerca de US$ 9; em janeiro de 2013, valia cerca de US$ 13. Já em novembro deste mesmo ano, a mesma quantidade de bitcoin chegou a valer US$ 1.000. Hoje uma unidade sai por US$ 340, cerca de R$ 990.
(...)
As drogas são maléficas para a saúde (assim como o álcool, o tabaco, o açúcar etc.). As ciências médicas tornaram isso indiscutível. Mas esse não é o único consenso em torno delas: o outro é que aguerra repressiva (decretada em 1971, por Richard Nixon) fracassou, sobretudo nos países terceiro-mundistas, com instituições capengas, onde o império da lei é precário ou praticamente nulo. A repressão não vem produzindo resultados positivos (diminuição do consumo ou da oferta) e sabe-se que ela gera muitas consequências negativas (como o encarceramento massivo de pobres e pequenos traficantes, que constituem 25% dos presídios brasileiros). Pensar de forma contrária é pura emoção e/ou ignorância, que remam contra a maré (numa espécie de nova marcha da insensatez). 
(...)



24/10/2014

O nosso dinheiro não vai para a saúde





"O governo federal afirma investir na compra de equipamento e na construção, reforma e ampliação de unidades de saúde. Dados apurados pelo CFM mostram que entre 2003 e 2013 foram autorizados R$ 81 bilhões específicos para este fim. No entanto, apenas R$ 30,1 bilhões foram efetivamente gastos e outros R$ 46,3 bilhões deixaram de ser investidos. Em outras palavras, de cada R$ 10 previstos para a melhoria da infraestrutura em saúde, R$ 5,6 deixaram de ser aplicados."

Governo deixa de aplicar R$ 131 bilhões na saúde pública desde 2003

23 de outubro de 2014
Dyelle Menezes

O Ministério da Saúde deixou de aplicar cerca de R$ 131 bilhões no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2003. O valor é quase equivalente ao que Estados e municípios gastaram no setor durante todo o ano passado – cerca de R$ 142 bilhões. A conclusão é o do Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo a instituição, os dados revelam em detalhes os resultados da falta de qualidade da gestão financeira em saúde.

No período apurado, pouco mais de R$ 1 trilhão foi autorizado para o Ministério da Saúde no Orçamento Geral da União (OGU). Os desembolsos, no entanto, chegaram a R$ 891 bilhões. Já em 2013, apesar do maior orçamento já executado na história da pasta – quase R$ 93 bilhões –, o valor efetivamente gasto representou 88% do que havia sido previsto. Neste ano, até outubro, dos R$ 107,4 bilhões autorizados, R$ 80 bilhões haviam sido usados.

Para o presidente da CFM, Carlos Vital, a administração dos recursos da saúde tem sido preocupação recorrente dos Conselhos de Medicina, pois a qualidade da gestão tem impacto direto na assistência da população e na atuação dos profissionais.

“A população brasileira tem o direito de saber onde, como e se os recursos que confiamos aos governos estão sendo bem aplicados. No caso da saúde, isso é ainda mais proeminente, tendo em vista as dificuldades de infraestrutura que milhares de pacientes, médicos e outros profissionais de saúde enfrentam todos os dias”, declarou Vital.

Para dar a dimensão do problema, o presidente do CFM cita que, com R$ 131 bilhões, seria possível construir 320 mil Unidades Básicas de Saúde de porte I (destinada e apta a abrigar, no mínimo, uma Equipe de Saúde da Família), edificar 93 mil Unidades de Pronto Atendimento de porte III (com capacidade de atender até 450 pacientes por dia) ou, ainda, aumentar em quase três mil o número de hospitais públicos de médio porte.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que cabe à União a aplicação do valor destinado ao orçamento no ano anterior mais a variação nominal do PIB. “Portanto, não existe redução nos recursos investidos em saúde ano a ano por parte do Ministério da Saúde”, ressaltou. De acordo com a Pasta, nos últimos dez anos, os recursos totais empenhados pela pasta alcançaram a média anual de 99%”, apontou.

Entre janeiro e julho deste ano, o Ministério da Saúde já empenhou 67% do valor total disponível para investimentos (R$ 6,4 bilhões) autorizados para 2014. Cabe ressaltar que no valor considerado “disponível” pela Pasta estão excluídas as emendas parlamentares, que constam no Orçamento Geral da União, aprovado no Congresso Nacional.

Comparação com outros países

“Apesar dos avanços do SUS, um de seus grandes desafios é aumentar o financiamento. O Brasil é o único país do mundo que tem uma rede de saúde pública universal e, ao mesmo tempo, vê o mercado privado e as famílias gastarem diretamente mais dinheiro do que o Estado”, disse Vital.

Aqui, o gasto público representa 45,7% do total aplicado em saúde, o que, segundo o representante dos médicos, contraria o que acontece em muitos países de sistemas semelhantes ao brasileiro, onde a média de investimento público supera 70%.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que, historicamente, entre os países com sistema universal de saúde, o Brasil aparece com o menor percentual de participação do setor público (União, estados e municípios) no investimento per capita em saúde. Na Inglaterra, por exemplo, o investimento público em saúde é cinco vezes maior que no Brasil.

Falta de investimentos em obras e equipamentos

O governo federal afirma investir na compra de equipamento e na construção, reforma e ampliação de unidades de saúde. Dados apurados pelo CFM mostram que entre 2003 e 2013 foram autorizados R$ 81 bilhões específicos para este fim. No entanto, apenas R$ 30,1 bilhões foram efetivamente gastos e outros R$ 46,3 bilhões deixaram de ser investidos. Em outras palavras, de cada R$ 10 previstos para a melhoria da infraestrutura em saúde, R$ 5,6 deixaram de ser aplicados.

Em 2014, a dotação prevista para os investimentos do Ministério da Saúde é de quase R$ 10 bilhões. Até 20 de outubro, R$ 3,7 bilhões foram pagos, incluindo os restos a pagar quitados (compromissos assumidos em anos anteriores rolados para os exercícios seguintes). Além disso, somente R$ 4 bilhões foram empenhados (reservados no orçamento para futura aplicação), ou seja, 41% do autorizado.

“É curioso observar o quão distante a saúde está da prioridade orçamentária. Só este ano, o Governo investiu mais que o dobro do valor da saúde – R$ 8,6 bilhões – em armamento militar (blindados, aviões de caça e submarinos nucleares). Até compreendemos a importância da proteção à soberania nacional, mas enfrentamos uma guerra real e diária, contra a falta de infraestrutura na saúde pública, e que precisa de muito mais recursos que os investidos numa guerra invisível”, comentou o presidente do CFM.

Contingenciamento

O contingenciamento, uma das maneiras do governo obter superávit primário, afeta os investimentos da Pasta. De acordo com o Ministério, do total de recursos para obras e compra de equipamentos, R$ 6,4 bilhões estão disponíveis. A diferença entre a dotação autorizada e a “disponível” são as emendas parlamentares contingenciadas, as quais são relevantes para o setor. O contingenciamento é uma maneira do governo federal obter o superávit primário.

Em consequência, foram realmente investidos em 2014 até setembro, R$ 3,5 bilhões, enquanto em Defesa foram investidos R$ 8,6 bilhões. O Ministério da Saúde fica em 5° lugar entre os órgãos que mais investiram, sendo superado pelos Transportes (R$ 9,7 bilhões), Defesa (R$ 8,6 bilhões), Educação (R$ 7,3 bilhões) e Desenvolvimento Agrário (R$ 3,8 bilhões). Os valores incluem os pagamentos com o orçamento de 2014 acrescidos dos restos a pagar pagos de exercícios anteriores.

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Governo Dilma 'segura' divulgação de dados negativos para não prejudicar campanha - Brasil - Notícia - VEJA.com

Com disputa acirrada, brasileiros chegarão às urnas sem saber resultado da arrecadação e desempenho de alunos em português e matemática

Dilma: números comprometedores, só depois de domingo

Governo Dilma 'segura' divulgação de dados negativos para não prejudicar campanha - Brasil - Notícia - VEJA.com

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22/09/2014

SELFIE PODE SUGERIR IMAGEM IDEALIZADA DE SI MESMO


“...recentemente, em que aparecia uma cena de pessoas cantando parabéns e o aniversariante tirando selfies durante o momento e postando em tempo real nas redes sociais. 

Ao invés de vivenciar aquele instante presente do seu aniversário com quem estava ali, experienciou esta
situação preocupado em tirar uma foto para compartilhar o momento 
com outras diversas pessoas no mundo virtual. O momento presente tem se perdido e a mente tem estado quase sempre no passado ou no futuro. Porém, se passado e futuro 
não existem, é impossível encontrarmos a felicidade lá. Só é possível ser feliz agora.”

A carência por trás das selfies

Acontece que, na tentativa de sermos amados, criamos um personagem para nós mesmos. Uma máscara com a qual acreditamos que iremos fazer sucesso e receber este amor. Desta forma, a selfie se torna um instrumento perfeito para buscarmos passar a melhor imagem possível, na tentativa de controlar a ideia do que o outro vai achar de nós, na ilusão de que controlamos isso. Por exemplo, a ideia de que sua vida é feliz e divertida, que você é alto astral, sedutor, tem boas relações amorosas/sexuais e que você deve ser uma companhia adorável e imperdível, até mesmo para as pessoas que já lhe conhecem.

Desta forma, utilizamos de vários elementos para fazer uma imagem idealizada de nós mesmos que queremos vender para o outro. E na medida em que essa imagem vai sendo comprada, vamos supostamente suprindo nossas necessidades e carências, mantendo esta máscara que tem sido bem aceita socialmente. Se observarmos, a maioria das selfies busca passar um certo momento feliz, vitorioso, divertido, belo, algo que possa trazer uma atenção positiva para si mesmo.

O que pude perceber é que, de certa forma, criamos uma grande bola de neve nas redes sociais. Como todos postam fotos de momentos felizes, quem olha de fora passa a acreditar que estão todos mais felizes que você. Desta forma, você passa a tirar fotos que retratem felicidade para também postar na internet. E quanto mais pessoas felizes você tem em sua rede social, mais quer mostrar o quanto é feliz também. Mais que isso: você quer mostrar que também é digno de amor e admiração. E isso se torna uma grande concorrência de quem será mais amado.

Você se identifica com isso? Agora me diz, quantas vezes você se pega conferindo o número de curtidas recebeu? Ou olha toda hora quem curtiu sua foto? Se teve comentário novo? Vira quase uma obsessão saber quanto sucesso você está fazendo naquele momento, não é mesmo? E você fica todo feliz com cada curtida, cada comentário, ainda mais se chamar atenção “daquela” pessoa especial! Porém, não importa a quantidade de curtidas e comentários positivos que você receba em uma foto, a insatisfação que o moveu a querer ser amado pelo outro continuará ali presente. O vazio que você tenta preencher com uma selfie não será suprido pela quantidade de visualizações que a foto recebeu, pois essa satisfação só se dá internamente.“O vazio que você tenta preencher com uma selfie não será suprido pela quantidade de visualizações que a foto recebeu, pois essa satisfação só se dá internamente.“

É uma busca consigo mesmo, e não com o outro. A responsabilidade sobre o nosso bem-estar é somente nossa. Enquanto nossa felicidade depender da aprovação alheia, estaremos sempre insatisfeitos na eterna busca por reconhecimento.
O contato interno parece ficar cada vez mais em segundo plano, enquanto a vontade de expressão se intensifica. É possível observar, a partir do fenômeno da selfie, uma necessidade cada vez maior de compartilhar a todo o momento a sua vida nas redes sociais e receber o maior número de curtidas. O contato humano, mesmo que “ao vivo”, tem estado sempre atravessado por momentos virtuais e a vivência do momento presente está cada vez mais seFAZER MUITAS SELFIES PODE TIRAR ATENÇÃO DO MOMENTO PRESENTE

Hoje em dia, passamos pouco tempo sozinhos, apreciando a própria companhia, silenciando a mente e aproveitando o momento presente. Pouco, também, é o contato consigo mesmo e suas emoções. Mesmo sozinhos, estamos com nossos celulares e internets, conversando com muitos conhecidos e amigos, compartilhando cada momento do dia a dia. Sempre mergulhados em um mundo paralelo virtual, vamos perdendo as preciosidades do momento presente que só acontecem naquele instante.

A vontade de mostrar o que estamos fazendo é tão grande que acabamos perdendo muitos momentos da vida, produzindo fotos de determinada situação, ao invés de vivê-la plenamente.“A vontade de mostrar o que estamos fazendo é tão grande que acabamos perdendo muitos momentos da vida, produzindo fotos de determinada situação, ao invés de vivê-la plenamente.“

A experiência do aqui e agora, quando mantemos a mente no momento presente e vivenciamos cada instante de maneira inteira e consciente, está cada vez mais e mais escassa. Em grande parte, estamos vivendo nossas vidas com a mente no passado ou no futuro. Com relação às selfies, acredito que a mente experimenta o momento da foto presa no futuro, já pensando na imagem que vai fazer e no sucesso que ela poderá causar, nos comentários que receberá e na quantidade de curtidas que terá. E tudo isso preso no passado, na procura por receber a atenção que não foi suprida anteriormente. A busca pela satisfação de uma conquista futura impossibilita a satisfação que o momento presente poderia proporcionar.

Por exemplo, assisti a um vídeo, recentemente, em que aparecia uma cena de pessoas cantando parabéns e o aniversariante tirando selfies durante o momento e postando em tempo real nas redes sociais. Ao invés de vivenciar aquele instante presente do seu aniversário com quem estava ali, experienciou esta situação preocupado em tirar uma foto para compartilhar o momento com outras diversas pessoas no mundo virtual. O momento presente tem se perdido e a mente tem estado quase sempre no passado ou no futuro. Porém, se passado e futuro não existem, é impossível encontrarmos a felicidade lá. Só é possível ser feliz agora.

Ao falar deste tema, sempre me lembro do filme “O poder além da vida” (ou “O guerreiro pacífico”, título original do livro) e deixo a dica para quem quiser se aprofundar um pouco mais sobre como a atenção no momento presente é de fundamental importância. Na trajetória do filme, somos levados a perceber como a experiência plena de cada instante em nosso dia a dia aumenta nossa capacidade de autorrealização. Cada palavra do personagem Sócrates é de extrema preciosidade.

É claro que uma selfie ou outra não faz mal a ninguém, não é mesmo? O que devemos é dar atenção para o excesso, afinal, nada em excesso é lá muito saudável. Como sempre, aperto na tecla da consciência e autoconhecimento. Consciente de si e de suas escolhas, não há certo ou errado, apenas caminhos diversos que você pode optar.



perdendo atrás de telas de celulares e máquinas fotográficas.