Devo contar para as crianças sobre Papai Noel?
por Rosângela Gessoni Sapata Aguilar
Imagine você indo para a cama dormir com plena certeza de que, na manhã seguinte, alguém terá chegado de muito longe especialmente para lhe entregar a realização de um sonho que você acalentou no decorrer de um ano inteiro. Um presente, é verdade, mas para o qual você se empenhou muito para se fazer merecedor. Finalmente a concretização virá coroando suas boas escolhas, seu nobre comportamento na sociedade e seus deveres de cidadão exemplarmente cumpridos. É a hora da recompensa! A noite parecerá longa, embalada por uma mistura de ansiedade e alegria antecipada.
Assim funciona a figura daquele velhinho de barbas brancas e roupas vermelhas no imaginário infantil na noite de Natal. Ele ocupa a mente das crianças numa faixa etária em que o senso de justiça, embora existente, ainda não é tão crítico assim. O espaço para comparações e julgamentos (uns ganham presentes tão caros, outros tão modestos) parece facilmente ocupado por imensa gratidão a alguém que veio de tão longe, sobrevoando montanhas para trazer alegria e fazer a festa.
Há várias interpretações sobre a crença em Papai Noel. Há quem afirme que a lenda desvia os olhares do original sentido cristão do Natal, credita ao mito méritos que são da família e semeia uma desnecessária desilusão futura. Há também quem alegue ter sobrevivido à lenda sem perdas e danos e mantém para os filhos a tradição do Pólo Norte.
Confira relato de uma mãe que passou recentemente por essa indecisão
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