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Os médicos alertam há décadas
que não se deve comer sal demais porque isso faz mal ao coração.
Mas agora um
novo estudo mostrou que tanto sal em excesso, quanto pouco sal, podem elevar os
riscos de complicações cardiovasculares, sobretudo em pacientes sabidamente
cardíacos ou diabéticos.
Ou seja, não
é exatamente o excesso de sal que faz mal à saúde cardiovascular, é o sal na
quantidade incorreta.
O sal, consumido em excesso agrava o estado de saúde
dos hipertensos e pode causar complicações, como derrames. De acordo com a
entidade, a hipertensão atinge cerca de 30% da população.
Consumo ideal de sal
Os
pesquisadores da Universidade Nacional da Irlanda demonstraram que a liberação
de sal pelo organismo entre 6 e 7 gramas por dia está associada com um aumento
no risco de todos os eventos cardiovasculares.
Surpreendentemente,
a excreção de menos do que 3 gramas de sal por dia está associada com um
aumento no risco de morte por causas cardiovasculares e hospitalização por
insuficiência cardíaca congestiva.
Ou seja, o
nível saudável de excreção de sal pelo organismo fica entre 4 e 5,99 gramas por
dia.
Este é o
primeiro estudo a demonstrar essa curva de associação entre a ingestão de sal e
as doenças cardiovasculares, e pode explicar grande parte da controvérsia e dos
resultados conflitantes que vêm sendo apresentados por diversos estudos
recentes na área - há estudos mostrando associações positivas, negativas e até
nenhuma associação.
Orientações sobre consumo de sal
A descoberta
coloca em dúvida as atuais orientações sobre o consumo de sal, que recomendam
ingerir menos do que 2,3 gramas - ou 2.300 miligramas - de sal por dia.
As
recomendações se baseiam em estudos que mostram que a pressão sanguínea cai
ligeiramente quando a ingestão de sal é reduzida a estes níveis - este estudo
confirmou este dado.
Mas ninguém
havia pesquisado especificamente os efeitos de comer pouco sal sobre a saúde
cardiovascular.
Estabelecer
um nível ótimo de consumo de sal é particularmente importante para os pacientes
diagnosticados com doenças cardíacas, uma vez que eles são mais vulneráveis à
variação na ingestão de sal.
Provavelmente
as autoridades de saúde esperarão a confirmação da descoberta por outros
pesquisadores antes de alterarem as recomendações.
Fonte:
Sal do pãozinho
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou um guia com orientações para que as padarias e outras empresas de alimentaçãofabriquem o tradicional pão francês com menor teor de sal.Dados da Pesquisa de OrçamentoFamiliar do IBGE mostram que o brasileiro consome pelo menos um pão francês por dia, principalmente no café da manhã ou no lanche da tarde.Uma unidade do pãozinho, com peso médio de 50 gramas, tem cerca de 320 miligramas (mg) de sódio (correspondente a 40% da composição do sal).A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda consumo diário de 2 mil mg, equivalente a uma colher de chá de sal. O brasileiro consome em média 3.200 mg de sódio por dia.
Menos sal nos alimentos
Uma das dicas do guia é a diminuição da adição de sal à farinha de trigo, um dos ingredientes da massa.Em dezembro passado, o Ministério da Saúde e as indústrias de massa, trigo e panificação firmaram acordo que prevê a diminuição dos atuais 2% de sal no pão francês para 1,8% até 2014.Batatas fritas, bolos prontos, salgadinhos de milho e biscoitos recheados também estão na lista do acordo.
Leia mais:
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=guia-pao-frances-menos-sal&id=7312
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