Escrito por Simone Adriana Vasconcelos Sobral e Monica Silva Silveira |
1. Introdução
O consumo de substâncias psicoativas, lícitas e ilícitas, é um dos mais preocupantes problemas de saúde pública no mundo. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima em até 270 milhões os usuários de drogas ilegais. Desse total, pouco menos de 10% podem ser classificados como dependentes ou “usuários de drogas problemáticos” e calcula-se que até 263 mil deles, principalmente jovens, morram anualmente, a metade por overdose (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).
No Brasil, a gravidade aumenta quando se trata do tratamento dos usuários de crack pois o país não se preparou para tratar os dependentes desta droga. Além das dificuldades inerentes ao atendimento médico e psicológico aos usuários, a rede de tratamento é pequena, precária e com profissionais pouco qualificados. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um país deve ter leitos para saúde mental suficientes para internar 0,5% de sua população, o que no Brasil, seriam 950 mil leitos. Todavia, o país tem cerca de 32,7 mil. Tal situação é decorrente da situação migratório, em que o país se encontra, ou seja, desde 2002, de um modelo baseado na internação para outro voltado para atendimento ambulatorial (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).
As dificuldades do tratamento são intensificadas muitas vezes pela falta de apoio de famílias desarticuladas, soma-se um sistema púbico de saúde particularmente desaparelhado para tratar a dependência química.
Os aspectos descritos acima levaram ao seguinte questionamento: qual o cotidiano das mães cujos filhos são dependentes do crack? Baseando-se nos questionamentos descritos e compreendendo a necessidade de uma investigação acerca do uso do crack e as repercussões nas relações familiares, busca-se analisar esse uso sob o olhar de mães.
São objetivos específicos deste estudo: identificar as mudanças na dinâmica familiar a partir do enfrentamento das drogas; analisar as mudanças que ocorreram na dinâmica familiar de mães cujo(s) filho(s) é(são) usuário(s) de crack; verificar como as mães lidam com as situações geradas pelo filho, usuário de crack; identificar as esferas física, psíquica e social das mães pesquisadas, abordando suas perspectivas para com os filhos.
Fonte: Filhos no Crack Sob o Olhar de Mães - Saúde Mental - Psicopatologia - Psicologado Artigos http://artigos.psicologado.com/psicopatologia/saude-mental/filhos-no-crack-sob-o-olhar-de-maes#ixzz20cMnCDP4
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