Por Osvaldo Shimoda
Faz parte dos transtornos de ansiedade, onde os sintomas aparecem súbita e inesperadamente -sem nenhuma causa aparente- e podem incluir palpitação, taquicardia, dores no peito, tontura, náusea, atordoamento, falta de ar, sensação de formigamento nas mãos; calafrios ou ondas de calor, distorção da percepção da realidade, medo de perder o controle, sensação de morte iminente.
A crise de pânico dura alguns minutos e, para quem já teve, é uma das experiências mais angustiantes que um ser humano pode sentir. O paciente pode desenvolver medos irracionais de que a crise se repita em situações que já aconteceram anteriormente e começa a evitar essas situações.
É comum que com o transtorno de pânico, ele desenvolva também a agorafobia, que é o medo de estar em espaços abertos ou no meio de aglomerações. Na realidade, o agorafóbico teme a multidão pelo medo de que não possa sair dela, caso se sinta mal, e não pelo medo da multidão em si. Desta forma, a agorafobia se caracteriza por um estado de ansiedade exarcebado, que se manifesta sempre que o paciente se encontra em locais ou situações dos quais seria difícil sair, se vier a se sentir mal (túneis, pontes, grandes avenidas, ônibus lotados, trens, barcos, festas, ajuntamentos de pessoas, etc.).
Quando um paciente com Síndrome de Pânico e Agorafobia vem ao meu consultório em busca de sua cura, normalmente, vem acompanhado de alguém, de algum parente, pois tem um medo antecipatório de que possa vir a passar mal e não poder chegar a um hospital ou obter socorro com facilidade. Essa preocupação é tão intensa que pode originar uma crise de pânico. Ele tende a raciocinar da seguinte forma: "Se eu me sentir mal, quem vai me ajudar?"
Na minha experiência clínica com esses pacientes, após ter conduzido mais de 8000 sessões de regressão em TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve, criada por mim, constatei que existem três causas que levam o paciente a desenvolver o Transtorno de Pânico:
a) Causa psicológica - oriunda de experiências traumáticas da vida atual (infância, nascimento ou útero materno) ou de outras vidas -em sua maioria- de experiências dolorosas de como o paciente veio a morrer na existência passada.
É o caso de um paciente que veio ao meu consultório acompanhado de seu filho. Sua 1ª crise de pânico ocorreu quando ele pediu uma carona no carro da empresa onde trabalhava. Como o veículo estava lotado, acabou viajando no porta-malas (era uma Van).
Quando o motorista pegou a rodovia, o paciente começou a ter os primeiros sintomas de pânico (taquicardia, falta de ar, sudorese, mal estar, sensação de morte iminente, etc.), pois se sentiu sufocado no meio das caixas de papelão de remédios (ele trabalhava numa indústria farmacêutica).
Angustiado, começou a gritar e esmurrar o porta-malas. Ao parar o carro no acostamento, o motorista e todos os passageiros saíram para ver o que estava acontecendo com o paciente. Ele estava pálido, suando muito, assustado falou que não iria mais prosseguir a viagem. Acabou voltando para casa, pegando um ônibus na rodovia. Após o incidente, começou a ter, com freqüência, crises de pânico. Na regressão de memória, revivenciou uma cena de uma vida passada onde sofrera uma parada cardio-respiratória e veio a falecer. No entanto, dentro do caixão -já enterrado- seu coração voltou a bater e ele veio a morrer por asfixia.
Após ter revivenciado essa experiência bastante dolorosa de morte por asfixia, na existência passada, o paciente nunca mais teve as crises de pânico. Compreendeu que o incidente acontecido no porta-malas, o espaço apertado em que se encontrava, no meio daqueles caixotes, foi um gatilho que desencadeou, disparou a lembrança da experiência de morte naquele caixão apertado, naquela vida pretérita. Entendeu também que os sintomas de pânico eram os mesmos que sentira ao morrer por asfixia.
b) Causa espiritual - A origem da Síndrome do Pânico pode advir também de uma causa espiritual, isto é, de uma interferência espiritual obsessora (desafeto do paciente -seja desta ou de outras vidas- prejudicado por ele).
Nesse caso, o transtorno do pânico é fruto do desequilíbrio mediúnico do paciente, ocasionado pelo seu obsessor espiritual, que movido pelo ódio e vingança, ataca-o provocando suas crises de pânico;
c) Causa mista: é a experiência traumática de como o paciente morreu na vida passada, agravada pela ação de seu obsessor espiritual. Nesse caso, o ser espiritual obsessor potencializa suas crises de pânico, atacando-o, assediando-o.
Síndrome do Pânico e Agorafobia
Mulher de 29 anos, solteira.
A paciente veio ao consultório com a seguinte queixa: "Tenho muito medo, medo até de sentir medo; por isso, não ando mais só, pois posso ter uma crise de pânico e não ter ninguém para me ajudar.
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