Via Jorge Roriz | 19/05/2011 URL: http://wp.me/p6Q8u-bPT
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O pensamento e a escrita são livres. O que me espanta é a dificuldade do Ministério da Educação – MEC para reconhecer que errou ao chancelar o livro, comprá-lo e distribuí-lo para quase 500 mil estudantes, usando dinheiro público – 5 milhões de reais, pelo que eu soube.
Claro que existe a chamada “norma culta” da língua e existem normas incultas. No bairro da Mooca da minha infância, então pobre, a garotada na rua falava “nós vai”; pegava mal falar “nós vamos”. No interior de São Paulo é comum comerem “s” e “r” do fim das palavras.
É óbvio que ninguém deve discriminar ninguém por isso. Mas não tem cabimento colocar as duas formas de falar no mesmo plano, num livro que deveria ensinar português a jovens e adultos que estão precisamente querendo aprender a norma culta da língua. A norma inculta passa a ser apenas vítima de “preconceito linguístico” e a norma culta um instrumento de discriminação de classes. Para aprender o português popular eles não precisariam ir à escola, ou, pelo menos, enfatizar o bom aprendizado. A norma culta precisaria ser reconhecida como um instrumento de dominação de classes, dos ricos aos oprimidos.
O MEC e as secretarias estaduais de educação às vezes deixam passar erros nos livros didáticos que distribuem. Errar é humano. O problema sério é não reconhecer o erro. Por vezes, o erro deixa transparecer uma intenção política. Este foi o caso de outro livro didático muito discutido por estes dias, que esconde acertos do governo FHC e erros de Lula. Se a moda pega… Transformar a escola em agência de doutrinação política é típico de regimes totalitários. O MEC não pode compactuar com isso.
Voltando ao livro de português: diga o que disser a autora, acho muito difícil que algum jovem tenha dúvida sobre a importância de falar e escrever bem o idioma nacional. O que eu observo por toda parte – e tenho andado pelo Brasil – é um esforço muito determinado dos jovens de aprender e usar a norma culta da língua.
Na língua falada, parece que vamos bem. Encontro pessoas que não tiveram chance de completar o ensino fundamental, falando de um modo claro e correto. O rádio e principalmente a televisão contribuem muito para isso, difundindo um padrão nacional de português pelos quatro cantos do país.
Na língua escrita, ainda temos dificuldades. Às vezes, em cartas e emails que recebo ou em comentários que leio na web, noto que o conteúdo é consistente, o raciocínio é bem articulado, mas há tropeços de ortografia e gramática.
Nossos jovens têm direito de aprender a falar e escrever um bom português, como parte de uma educação que os prepare bem para o trabalho e para a vida. O MEC, entre todas as instituições, é o último que poderia tergiversar sobre isso.
José Serra
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Língua culta na escola
O ensino da língua culta, na escola, não tem a finalidade de condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou em nossa comunidade. Ao contrário, o domínio da língua culta, somado ao domínio de outras variedades lingüísticas, torna-nos mais preparados para nos comunicarmos. Saber usar bem uma língua equivale, a saber, empregá-la de modo adequado às mais diferentes situações sociais de que participamos.
Graus de formalismo
São muitos os tipos de registro quanto ao formalismo, tais como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; o coloquial, que não tem um planejamento prévio, caracterizando-se por construções gramaticais mais livres, repetições frequentes, frases curtas e conectores simples; o informal, que se caracteriza pelo uso de ortografia simplificada, construções simples e usado entre membros de uma mesma família ou entre amigos.
As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de formalismo existente na situação de comunicação; com o modo de expressão, isto é, se trata de um registro formal ou escrito; com a sintonia entre interlocutores, que envolve aspectos como graus de cortesia, deferência, tecnicidade (domínio de um vocabulário específico de algum campo científico, por exemplo).
Fonte: Wikipedia
As pérolas do ENEN
As pérolas são daqui, e os comentários sem graça são meus.
‘O sero mano tem uma missão…’
(Missão: aprender a ler e a escrever)
‘O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas. .’
(Ah tá! é El Niño…)
‘O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!’
(Diozanio parece o nome do meu tio)
‘A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região.’
(E além de tudo, viajam pra caramba, hein?)
‘O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes’
(Dos peixes? Então podiam pescar galinhas…)
‘É um problema de muita gravidez.’
(Claro, muitas pessoas estão gravidas)
‘A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO.’
(Então corrão pras colinas do egito!)
‘Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia’
(Pandas na amazônia e inteligência no seu cérebro)
‘A natureza brasileira tem 500 anos e já esta quase se acabando’
(Ah sim. E antes dos portugueses, a natureza não existia.)
‘O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destroi, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos.’
(Sem comentários… aja cerumanisse nesa pesoa)
‘Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil’
(Não entendi nada.)
… menos desmatamentos, mais florestas arborizadas. ‘
(Por que florestas sem arborizamento não são florestas)
‘Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia.’
(Raios ultra violentos! chamem a polícia!)
‘Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado.’
(Micro leão dourado é encontrado na terra dos oompa loompas.)
‘Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu , o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira..’
(Hahahahahahahahahahahahahahaha! e sem oxigênio)
‘… são formados pelas bacias esferográficas. ‘
(Bacias cheias de tinta de canetas hidrográficas.)
‘Eu concordo em gênero e número igual.’
(Eu discordo!)
‘Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio.’
(Por que senão seremos dominados pela conspiração global!)
‘O serigueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas.
(Mas pega e te dá uma injeção na testa!)
‘Vamos deixar de sermos egoistas e pensarmos um pouco mais em nos mesmos.’
(Parece até o garfield falando)
Fonte:
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Já imaginaram como serão as próximas provas do ENEN?
E como será escrito um currículo?
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