O Projeto Piloto aqui apresentado objetiva despertar nos pais o interesse na criação de Associações, em seus Condomínios, que incentivem a solidariedade, o afeto e a valorização das crianças e adolescentes para mantê-los longe das drogas, da violência e de outras ameaças à sua integridade. Cuidar de nossas crianças e adolescentes significa abrir espaços de ação criativa e transformadora da realidade social, pois eles são o futuro do Brasil, do Mundo! Cuidar de nossos idosos é cuidar de uma parte de nós mesmos.
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22/03/2011

Lugar de estudante não é na Igreja

Essa é a opinião manifestada por um  padre de uma comunidade no Maranhão, mas parece que é regra da igreja católica. No Bairro onde moro a igreja também não é aberta à comunidade.
 O jornalista Leonêncio Nossa (O Estado de S. Paulo) escreveu sobre as dificuldades encontradas pelas professoras e comunidade para atender os estudantes. Ele relata que é marcante o contraste das águas no encontro do barrento Ramos com o negro Aicurapá. Num trecho da margem esquerda deste último, no alto de um barranco, está a comunidade do Maranhão, onde vivem 130 famílias. Na comunidade, há um esforço dos adultos pela educação. Eles  recebem crianças vindas das cabeceiras, dos pequenos igarapés, dos furos, dos trechos mais distantes da várzea, dos lugares onde não se sabia ter moradores. Elas apareceram, com os pais ou sozinhas, em canoas, às vezes duas ou três na mesma embarcação.
 Oito professores trabalham em turmas de 1.ª a 8.ª séries no colégio local. A igreja transformou-se em sala de aula, pois há 270 matriculados na escola, o triplo do número de meninos e meninas da comunidade. “Foi para atender a demanda de fora que colocamos crianças na igreja,” conta o líder comunitário. Mas durante um sermão, o padre disse “que não quer mais saber de estudante na igreja, que igreja é lugar de rezar”.
Além das intempéries,  a dificuldade é o espaço físico para as aulas. O líder comunitário fala das reivindicações feitas a prefeitos e parlamentares, sem sucesso.
Por três meses a prefeitura não pagou o salário dos quatro barqueiros que transportam crianças para o Maranhão. “Os barqueiros continuam no serviço por amor às crianças.”, diz o líder.
A professora de Português, Miracir  Ribeiro, usa textos de Cecília Meireles, Marina Colasanti, Jorge Amado e de Lygia Bojunga Nunes nas aulas. Mãe de quatro filhos, Miracir fala das dificuldades na cheia. “Acho que falta uma política de governo para amparar o ribeirinho. Por mais que ele esteja preparado, é sempre complicado: as plantas morrem, os animais fogem para não morrer ou são mortos pelas sucurijus.”
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Fiquei impressionada com esse relato. Em uma comunidade sofrida pela falta de uma condição mais digna de vida, a professora se empenha em apresentar  aos alunos uma seleta literatura, e o padre quer os estudantes longe da igreja!
Aqui em Porto Alegre também a igreja não favorece a comunidade no seu empenho em realizar serviço social. Se as igrejas tem imóveis, eles  são alugados por um valor bem alto. A igreja visa o lucro financeiro, e não o trabalho comunitário.
Leia a matéria completa:
Vila investe em educação, mas padre rejeita aula em igreja
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,vila-investe-em-educacao-mas-padre-rejeita-aula-em-igreja,695242,0.htm 
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